sábado, 16 de janeiro de 2016

Dodô




Extinto desde: final do século 17
Com um nome divertido, o dodô (Raphus cucullatus) era um pássaro nativo da ilha Maurício. Apesar de não voar, ele tem uma relação direta com os pombos. Fósseis revelaram que a ave tinha cerca de um metro de altura e tudo indica que se alimentava de frutas e se abrigava no solo.
Os primeiros registros do dodô foram feitos por marinheiros holandeses em 1598. A partir desse período, a caça por humanos e seus animais domesticados e a invasão de outras espécies colaboraram para a extinção do animal. A espécie é considerada extinta desde a segunda metade do século 17.
Curiosamente, os únicos registros da aparência do animal em vida chegaram até nós a partir de ilustrações, pinturas e relatos feitos no século 17. E, como essas representações variam bastante, não temos como saber ao certo qual era a verdadeira aparência dos dodôs.

Leão-das-cavernas




Extinto desde: século 1
O leão-das-cavernas (Panthera leo spelaea) – também conhecido como leão-europeu – é uma subespécie extinta que chegou ao nosso conhecimento através de fósseis e de uma grande variedade de arte pré-histórica.
Essa subespécie representava um dos maiores leões de que se tem notícia. Um macho adulto descoberto em 1985 na Alemanha tinha uma altura de 1,2 metros do chão até as escápulas e um comprimento de 2,1 metros sem a cauda. Essas medidas correspondem a um leão moderno de tamanho grande, embora se acredite que esse exemplar não fosse um dos maiores leões-das-cavernas que se poderia encontrar.
Em geral, estima-se que a subespécie tenha sido entre 5% e 10% maior do que os leões que conhecemos hoje. Tudo indica que eles foram extintos cerca de 10 mil anos atrás, durante o último período glacial (Idade do Gelo). Porém, existem indícios de que eles existiram recentemente até 2 mil anos atrás, na região dos Balcãs, na Europa.

Auroque




Extinto desde: 1627
Um dos animais extintos mais famosos da Europa, os auroques (Bos primigenius) são um tipo de bovino bem maior do que o que conhecemos hoje. Esses animais se desenvolveram na Índia há dois milhões de anos e migraram para o Oriente Médio, para a Ásia e chegaram até a Europa há cerca de 250 mil anos. No século 13, os auroques que restaram estavam concentrados na região que engloba a Polônia, Lituânia, Moldávia, Transilvânia e o leste da Prússia.
A caça desses animais era restrita somente aos nobres e seus empregados, mas, conforme o número de auroques foi diminuindo, a corte impediu a prática, sendo ainda necessário que fiscais de caça garantissem pasto e segurança para os bovinos. Quem fosse pego invadindo as áreas dos animais podia até mesmo ser punido com a morte. Em 1564, os registros apontaram a existência de apenas 38 auroques. O último exemplar da espécie era uma fêmea que morreu em 1627 na floresta Jaktorów, na Polônia.
Na década de 1920, dois zoólogos alemães decidiram tentar recriar o animal a partir de seus descendentes. O resultado do experimento dos irmãos Heinz e Lutz Heck foi uma raça que ficou conhecida como “gado Heck”, “auroques recriados” ou “auroques Heck”, e guardava algumas semelhanças com os animais selvagens.

Alce-gigante



Extinto desde: cerca de 5.700 a. C.
O alce-gigante (Megaloceros) – também chamado de alce-irlandês – é o maior cervo que já passou pela Terra. Esse animal viveu na Eurásia, desde a Irlanda até o leste do Lago Baikal, na Rússia, durante o final do Pleistoceno e início do Holoceno, na Era Cenozoica. Os últimos vestígios dessa espécie passaram por uma datação de carbono que apontou que o material era de 5.700 a. C.
O alce-gigante, como o próprio nome já diz, impressionava por suas imensas proporções. O animal media cerca de dois metros do chão até às escápulas e sua galhada podia chegar até 3,65 metros de uma ponta à outra, pesando cerca de 40 quilos.
As discussões acerca dos motivos que levaram o mamífero à extinção têm como foco a galhada do animal e não o seu tamanho avantajado. Então, assim como aconteceu com muitos outros animais desta lista, a caça realizada pelos humanos foi um fator determinante para o desaparecimento da espécie.

Dugongo-de-steller





Extinto desde: 1768
Originalmente encontrado na costa asiática do mar de Bering, o dugongo-de-steller (Hydrodamalis gigas) é um mamífero que foi descoberto em 1741 pelo naturalista Georg Steller. De acordo com as observações do especialista, o animal crescia até oito metros e podia chegar a pesar três toneladas.
Sua aparência lembrava uma foca gigante, mas o animal tinha dois membros posteriores fortes e uma cauda semelhante à da baleia. De acordo com Steller, “o animal nunca vem até a costa, mas sempre vive na água. Sua pele é escura e espessa, como a casca de um velho carvalho... Sua cabeça é pequena em comparação com o corpo... O animal não tem dentes, mas apenas dois ossos achatados – um acima e um embaixo”. O especialista ainda aponta que os mamíferos eram mansos.
Fósseis indicam que o dugongo-de-steller vivia na região costeira do norte do Oceano Pacífico, chegando ao sul do Japão e da Califórnia. Como a população de dugongos foi dizimada rapidamente, a ocupação humana na região deve ter sido a principal causa da extinção. Existem registros esporádicos da aparição desses mamíferos semelhantes a esses na região de Bering e da Groenlândia, o que sugere que alguns dugongos-de-steller possam ter sobrevivido, mas não há qualquer comprovação quanto a isso.

Tigre-da-tasmânia





Extinto desde: 1936
O tilacino (Thylacinus cynocephalus) ficou conhecido por ser o maior marsupial carnívoro dos últimos tempos. Acredita-se que esse animal – que é nativo da Austrália e de Papua Nova Guiné – tenha entrado em extinção no século 20. Por sua pelagem listrada nas costas, o tilacino também é conhecido por tigre-da-tasmânia ou lobo-da-tasmânia.
Infelizmente, esse animal foi o último membro do seu gênero a ser extinto. O tilacino desapareceu do continente australiano centenas de anos antes da colonização europeia no território. Porém, o animal sobreviveu na ilha da Tasmânia ao lado de outras espécies nativas, como o famoso demônio-da-tasmânia.
A caça por recompensa foi o fator determinante no desaparecimento dessa espécie, mas outros aspectos também contribuíram, como doenças, a introdução de cães e a invasão do homem no seu habitat. Apesar de ser oficialmente considerado um animal extinto, há quem diga ter presenciado aparições desses marsupiais.

Quagga



Extinto desde: 1883
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Os quaggas (Equus quagga) foram originalmente classificados como uma espécie individual em 1788. Foi somente depois da extinção do animal que exames de DNA revelaram que se tratava de uma subespécie de zebra. A confusão aconteceu por causa da diferença nas cores e na distribuição das listras que são características nesses animais.
Diferentemente das zebras, os quaggas – que eram numerosos na região do Cabo e de Orange, na África do Sul – apresentam as tradicionais listras apenas na parte dianteira do corpo, enquanto na traseira predomina uma pelagem de cor marrom. Acredita-se que o nome do animal venha da língua falada pelos Khoikhoi, um grupo étnico do sul da África.
A busca pela carne do animal para a alimentação foi um dos aspectos que contribuiu para sua extinção. Estima-se que o último animal tenha sido caçado no final da década de 1870 e sabe-se que o último exemplar criado em cativeiro morreu no dia 12 de agosto de 1883 no zoológico Artis Magistra, em Amsterdã, na Holanda.